O PSOL-Mesquita agradece sinceramente a todas as pessoas que depositaram sua confiança e o seu voto em nossas candidaturas nessas eleições de 2012.
Fizemos a campanha a partir dos princípios e da prática que acreditamos serem corretos e possíveis de promoverem cidadania e dignidade à população de Mesquita. Fizemos o debate de proposta sem pagamento de pessoas, sem práticas fisiológicas, sem falsas promessas ou mentiras e, principalmente, sem a compra descarada de votos.
Nosso resultado pouco expressivo foi menor do que a receptividade com que fomos recebidos nas ruas, praças, casas e pela internet. Percebemos a respeitabilidade do PSOL quando participamos dos dois debates realizados entre os candidatos a prefeito; todavia, o público e a repercussão desses debates foram restritos. Além disso, uma parcela do eleitorado mais esclarecido, com intenções e modos diferentes, utilizou-se do chamado “voto útil” para expressar o receio de ver Mesquita “invadida” por interesses alheios à nossa identidade ou para expressar o descontentamento com a atual administração.
Entendemos como soberana a vontade do povo, mas avaliamos criticamente a profunda desigualdade com que são forjadas essas eventuais vontades. O resultado eleitoral – para além das disputas legítimas ou de falhas e acertos cometidos - é fruto da ação de máquinas eleitorais milionárias; da falta de informação sobre acusações gravíssimas contra candidatos que já respondem a processos que ainda não foram finalizados e dos interesses imediatistas de uma grande parcela da população – que está descrente, mas que agrava a situação ao curvar-se à compra direta e indireta do voto.
Sofremos uma derrota eleitoral, mas saímos desse processo de cabeça erguida, com as mãos limpas e com a certeza de que continuaremos na batalha pelo avanço da consciência e do grau de organização do povo para que possamos construir uma Mesquita melhor nas lutas cotidianas e nos processos eleitorais.
Mesquita, 14 de outubro de 2012
Ewerson Cláudio de Azevedo